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10/Nov/2025

Carnes: margens apertadas nos próximos meses

Segundo o BTG Pactual, as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango voltaram a crescer em outubro, mas as margens recuaram diante da queda nos preços e do aumento dos custos. Os embarques de carne bovina atingiram 321 mil toneladas, alta de 1,9% em relação a setembro e de 18,6% na comparação anual, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar do recorde, o preço médio recuou 1,4% no mês, para US$ 5.539,00 por tonelada, a primeira queda desde março. Com o leve aumento dos preços do boi gordo, a diferença entre o preço de venda e o custo do gado diminuiu 2%. Os volumes alcançaram novo recorde, reforçando a demanda externa resiliente.

No entanto, o ciclo do gado deve começar a virar, com retenção de fêmeas e alta sazonal de preços entre novembro e fevereiro, o que pode apertar as margens nos próximos meses. Na avicultura, os embarques diários cresceram 3% e atingiram o segundo maior volume da história, mesmo com a ausência da China, que mantinha restrições. O redirecionamento das exportações para mercados que pagam menos resultou em queda de 5% nos preços, para US$ 1.675,00 por tonelada, levando a margem ao nível mais baixo desde janeiro. No mercado doméstico, os preços do frango também recuaram levemente, reduzindo as margens em cerca de 1%.

O BTG observa que a expansão da oferta, com a virada do ciclo, deve pressionar ainda mais as margens nos próximos meses. Para a carne suína, o cenário foi semelhante: queda de 6,3% nos volumes exportados e de 1,2% nos preços. O recuo da demanda interna e a maior disponibilidade de produto levaram à redução de 5% nas margens mensais. Nos Estados Unidos, as margens de carne bovina caíram 3,4%, enquanto as de frango despencaram 24%, após um tombo de 22% em setembro, refletindo o aumento da oferta de aves e o recuo de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.