10/Nov/2025
Segundo relatório da XP Investimentos, as exportações brasileiras de carne começaram o quarto trimestre em ritmo acelerado. O destaque foi a carne bovina, que atingiu novo recorde mensal, superando 300 mil toneladas pela segunda vez no ano. O desempenho foi impulsionado pela demanda contínua da China, União Europeia e Sudeste Asiático. O setor acompanha com cautela a investigação conduzida pela China sobre salvaguardas à carne bovina importada, processo que poderia ser adiado para abril de 2026. Esse possível adiamento tende a manter o fluxo de exportações elevado até o fim do primeiro trimestre de 2026.
No segmento de frango, as exportações também surpreenderam positivamente, crescendo 9% em setembro ante igual período do ano anterior. O volume foi o maior de 2025, embora o preço médio tenha sido o menor do ano. Em uma excelente notícia para o setor, a China anunciou na sexta-feira (07/11) o fim do embargo às exportações de frango, após seis meses, o que abre caminho para um desempenho forte no encerramento do trimestre. As vendas externas de carne suína avançaram 8% na comparação anual, mas registraram recuo na margem mensal devido à sazonalidade das compras do Sudeste Asiático. Os preços ficaram ligeiramente mais fracos neste mês, mas as cotações para a China seguem em recuperação.
De forma geral, três fatores que devem sustentar o bom desempenho do setor no curto prazo: o retorno do mercado chinês ao frango brasileiro, o provável adiamento da investigação da China sobre a carne bovina e a possibilidade de um acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos, ainda que este último tema tenha perdido força nas negociações recentes. Apesar dos volumes fortes, os preços recuaram no mês, mas a projeção é de impacto positivo dessas novidades sobre as cotações ao longo do quarto trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.