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05/Nov/2025

Boi: confinamento com margens positivas no 3º tri

Segundo a análise trimestral do Índice de Custo de Atividade Pecuária (ICAP) da Ponta Agro, a queda expressiva nos custos de nutrição e a sustentação dos preços da arroba garantiram margens positivas para os confinadores brasileiros entre julho e setembro. O indicador recuou 7,7% na Região Centro-Oeste e 2,3% na Região Sudeste na comparação com o trimestre anterior, refletindo a redução generalizada nos preços dos insumos e a firmeza da demanda internacional por carne bovina. O custo das dietas de terminação na Região Centro-Oeste caiu quase 10% no período, para R$ 1.069,35 por tonelada de matéria seca, com destaque para a queda nos volumosos (-16,9%) e proteicos (-13,6%).

Na Região Sudeste, a retração foi de 6%, chegando a R$ 1.130,79 por tonelada de matéria seca, favorecida pela maior disponibilidade de coprodutos como milho grão seco, polpa cítrica e caroço de algodão. O segundo giro do confinamento ganha tração no Brasil com os custos em queda e margens firmes. Na Região Centro-Oeste, o custo médio de produção passou de R$ 14,22 para R$ 13,12 no trimestre, enquanto na Região Sudeste recuou de R$ 12,96 para R$ 12,46. Apesar das tensões comerciais com os Estados Unidos, as exportações se mantiveram aquecidas, impulsionadas pela China, responsável por mais da metade das compras de carne bovina brasileira no período. Em agosto, o Brasil registrou recorde mensal de embarques, com 299 mil toneladas exportadas. O lucro estimado por cabeça permaneceu praticamente estável na Região Centro-Oeste, em R$ 730,00 e recuou 8,4% na Região Sudeste, para R$ 793,00 ainda em patamar positivo.

Para o último trimestre do ano, a Ponta prevê tendência de alta nos custos dos insumos, com o fim do efeito da safra de grãos, e uma arroba sustentada tanto pela demanda externa quanto pelo consumo interno no fim de ano. A entidade projeta melhora na rentabilidade do segundo giro, especialmente para os confinadores que anteciparam compras e ajustaram suas dietas. A alta do boi magro, resultado do forte abate de fêmeas e do atraso na estação de monta, deve impulsionar o custo de reposição. Bonificações por protocolos de qualidade, como “Boi China” e “Boi Europa”, devem ganhar ainda mais peso na composição da margem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.