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30/Oct/2025

Carnes: boas perspectivas para exportação em 2026

O Rabobank projeta novo recorde de exportações de carne suína em 2026. Para carne de aves a projeção é de estabilidade com leve alta nos embarques no próximo ano, com margens positivas e menor volatilidade em relação a 2025. Destaque para o bom desempenho das exportações brasileiras e a recuperação gradual dos fluxos após a gripe aviária.

Mesmo com a China reduzindo compras, o Brasil conseguiu redirecionar os volumes para outros mercados, principalmente para Filipinas, Singapura e Chile. É um cenário ainda de margens interessantes e boa rentabilidade. O banco estima crescimento de 3% a 4% nas exportações de carne suína em 2026, com destaque para a Filipinas, que aumentou as importações em 75% e enfrenta redução de 25% no rebanho acumulada nos últimos cinco anos por causa da peste suína africana (PSA).

A China deve seguir com demanda moderada, mas o Brasil tende a ganhar espaço em miúdos, caso avance a habilitação de Rio Grande do Sul e Paraná junto ao governo chinês, após o reconhecimento do País como livre de febre aftosa sem vacinação. O consumo interno de carne suína deve crescer entre 1% e 2%, sustentado pela substituição da carne bovina, mais cara. As margens realmente foram bem interessantes para o setor neste ano, na casa dos 20% pelo menos na primeira metade. Isso mostra um ambiente de produção saudável.

No caso do frango, o Rabobank projeta aumento de 2% a 3% nas exportações em 2026, acompanhando a normalização dos embarques e a regionalização das zonas livres de gripe aviária. O Brasil “se saiu muito bem” durante o surto registrado entre maio e agosto deste ano. Foi uma das últimas regiões afetadas e manteve boa parte dos fluxos. Cerca de dois terços dos 160 destinos não aplicaram nenhum tipo de barreira. Isso mostra a alta dependência do mundo em relação à carne de frango brasileira. A expectativa é de que China e União Europeia concluam em breve o processo de regionalização, o que deve permitir resposta mais rápida a eventuais restrições futuras.

O México também aparece como destaque, com crescimento de 70% nas importações de carne brasileira em 2025, reflexo da competitividade em preço e da expansão da capacidade industrial do setor. Com a recuperação parcial dos embarques e custos controlados, o cenário é de normalização e continuidade das boas margens em 2026. Contudo, o La Niña pode alterar os custos de alimentação animal, especialmente no primeiro semestre. Toda estratégia de ração ganha mais importância.

O uso de alternativas como o DDG deve continuar crescendo. O mercado de frango segue “bastante estimulado”. Não com margens tão positivas como o mercado de suínos, mas atrativo o suficiente para que ocorra uma recuperação, principalmente pensando nos anos de 2021 e 2022, que foram um dos piores períodos do setor. O ambiente em 2026 deve continuar volátil, mas com menos surpresas do que neste ano, principalmente do lado da demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.