29/Oct/2025
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, recebeu nesta terça-feira (28/10), a delegação do Ministério do Comércio da China. O principal destaque da conversa foi a investigação de salvaguarda chinesa de carne bovina, que está em fase final. A China deve decidir em novembro se irá aplicar ou não medidas de salvaguarda sobre suas importações de carne bovina. A conclusão da investigação, em andamento desde o fim de 2024, pode ter reflexos diretos sobre o mercado global e, principalmente, sobre o Brasil, o maior fornecedor da proteína vermelha ao país asiático.
O Brasil destacou a sensibilidade do caso para a sua pauta exportadora, especialmente considerando que o item representa pilar da complementariedade que marca a relação comercial sino-brasileira. Exportadores brasileiros contestam a salvaguarda, sob o argumento de que não foram cumpridos os requisitos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Caso a salvaguarda seja aprovada, a China pode aplicar restrições de até quatro anos, como cotas ou tarifas, afetando todos os países exportadores. Mesmo com o cenário de cautela, o Brasil segue sendo o principal fornecedor de carne bovina para a China.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a China importou cerca de 1,85 milhão de toneladas de carne bovina, considerando todos os países, uma queda anual próxima de 4%. Apesar da leve retração no total, as exportações brasileiras cresceram. Entre janeiro e setembro, a China importou aproximadamente 875 mil toneladas de carne bovina brasileira. O volume representa um incremento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Com esse desempenho, a participação do Brasil no total de carne bovina importada pela China chegou a 47%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.