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29/Oct/2025

Leite: sustentabilidade com o uso eficiente do soro

Nos últimos anos, o conceito de pegada de carbono ganhou destaque global como um dos principais indicadores para medir os impactos das atividades humanas sobre o clima. Ele representa a quantidade de gases de efeito estufa emitida direta ou indiretamente durante o ciclo de vida de um produto, serviço ou processo, desde a produção até o consumo. Compreender esse indicador é essencial para promover o consumo consciente, uma prática que estimula escolhas mais críticas e responsáveis, considerando não apenas o preço ou a funcionalidade de um produto, mas também seus efeitos ambientais, sociais e econômicos. No setor lácteo, esse olhar tem transformado a forma como o soro de leite é percebido. Historicamente tratado como um resíduo da fabricação de queijos, o soro se tornou um insumo valioso.

Hoje, ele é matéria-prima essencial na produção de alimentos, bebidas funcionais e suplementos proteicos, um exemplo real de economia circular aplicada à indústria. Sob essa ótica, a Sooro Renner realizou um estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de seus produtos para mensurar a pegada de carbono associada às suas operações. O estudo reforça que o uso do soro de leite como ingrediente contribui diretamente para a eficiência da cadeia produtiva, ao: minimizar desperdícios, reinserindo nutrientes e proteínas em diferentes aplicações industriais; reduzir emissões indiretas relacionadas ao tratamento ou descarte do soro não aproveitado; oferecer alternativas de menor impacto frente a outros insumos com pegadas de carbono mais elevadas. Os dados mostram uma média de pegada de carbono nos produtos analisados de:

Planta 1: 17,543 kg CO² eq./kg FPCM

Planta 2: 19,958 kg CO² eq./kg FPCM

Foram avaliadas as seguintes famílias de produtos: WPC 34%, WPC 60%, MWPC 45%, WPI 90%, WPC 80%, Soro em pó, Permeado em pó, Pro Cream, P2 Soro 30% e P2 Soro em Pó. As principais variáveis que influenciam a pegada de carbono da Sooro estão distribuídas da seguinte forma:

- Produção de leite no campo: 85,41%

- Transporte de leite: 1,88%

- Fornecedores da Sooro: 2,54%

- Transporte de soro de leite: 1,52%

- Unidades industriais da Sooro: 8,39%

Esses números revelam que a maior parte das emissões está associada à etapa primária da cadeia (produção de leite), reforçando a importância de ações integradas com fornecedores e parceiros do campo para aprimorar continuamente a performance ambiental do setor. Para o consumidor, optar por derivados do soro de leite é mais do que uma decisão nutricional. É uma forma de apoiar práticas de economia circular e incentivar soluções produtivas que reduzem impactos ambientais. Quando a indústria transforma um produto em novos ingredientes, ela não apenas evita o desperdício, mas também redefine o valor do que seria descartado, fortalecendo um modelo de consumo baseado na eficiência e na responsabilidade coletiva. Fonte: Sooro Renner. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.