28/Oct/2025
A Nestlé Brasil tomou medidas para reduzir a produção de metano em suas fazendas, parte de um programa de agricultura regenerativa voltado à diminuição das emissões de gases de efeito estufa na cadeia do leite. O objetivo é tornar a produção mais sustentável, sem comprometer a qualidade ou a quantidade do leite. No programa, que já envolve 39 mil vacas e mil produtores, cerca de 8 mil vacas usam colares com inteligência artificial para monitorar o comportamento, garantindo melhor bem-estar e alimentação adequada.
O ambiente das fazendas também foi adaptado: espaços amplos para caminhar, temperatura e umidade controladas, chão forrado com cascas de café ou maravalhas e alimentação natural, com silagem de plantas cultivadas de forma regenerativa. O maior desafio na redução de emissões de gases é que elas ocorrem naturalmente durante a digestão dos bovinos. Com o programa, o que muda não é a quantidade de gases emitidos, mas a eficiência da produção de leite: vacas saudáveis e bem alimentadas produzem mais, reduzindo a pegada de carbono por litro de leite.
Em fazendas avançadas, o bem-estar das vacas vai além da alimentação. Há música durante a ordenha, bolas para brincar, equipamentos que coçam o couro e ventilação com energia renovável. Na produção de alimentos para o rebanho, a rotação de culturas e o uso de plantas de cobertura ajudam a capturar carbono no solo e garantem forragem de qualidade, sem recorrer a insumos de áreas desmatadas.
Os resultados são expressivos: a pegada de carbono das fazendas da Nestlé ficou 39% menor que a de propriedades convencionais, o custo com silagem caiu 8% e a produtividade das vacas aumentou 47%. Hoje, cerca de 70% do leite comprado pela empresa no Brasil vem de fazendas que aplicam essas práticas regenerativas. A meta da empresa é diminuir suas emissões globais pela metade até 2030 e chegar a zero até 2050. Fonte: Mais Goiás. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.