24/Oct/2025
Analisanda a média diária embarcada das exportações mensais de carne de frango in natura dos últimos cinco anos, observa-se que, sob condições normais de mercado, o menor volume é registrado no mês de janeiro. Nesse período, houve apenas uma exceção, em 2023, quando, em vez de ocorrer em janeiro, o recuo ocorreu no mês anterior, dezembro de 2022. Porém, em 2024 e 2025 essa normalidade foi rompida por duas ocorrências de ordem sanitária na avicultura comercial, ambas no mês de maio: no ano passado, um caso da Doença de Newcastle; e, neste ano, o registro de IAAP. Embora equacionados rapidamente, ocasionaram estragos profundos nas exportações.
Ainda que também tenha ocorrido em momento de plena elevação dos embarques, o caso de 2024 foi bem menos traumático. Pois quatro meses depois (setembro), o volume embarcado voltou a superar o pico registrado em abril (aumento de 5%). Neste ano, o volume de setembro (embora em recuperação) permanece 10% abaixo do pico mais recente (21,3 mil/t/dia no mês de março). Isto sem contar que os embarques de junho (menor volume diário em quase quatro anos) foram cerca de um terço menores que os registrados três meses antes. Os dados parciais deste mês, superiores a 24 mil/t/dia, sinalizam que novo recorde deve ocorrer em outubro.
Mas, a recuperação não vem sendo fácil, já que os preços até aqui registrados se encontram 20% abaixo dos alcançados um ano atrás. Como nos últimos 12 meses o dólar sofreu desvalorização superior a 20%, o ganho anual no volume embarcado (de 23% na média diária das três primeiras semanas de outubro) continua insuficiente para alcançar a receita em moeda brasileira de um ano atrás. A média anual atual (nove primeiros meses de 2025), da ordem de 19.322 toneladas/dia, permanece 2% abaixo da registrada no ano passado (cerca de 19.670 toneladas/dia). Mas, a diferença a menos tende a ser zerada, podendo até ser revertida, com as exportações de outubro corrente. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.