23/Oct/2025

De acordo com estudo do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC), as exportações brasileiras de carne bovina para a China cresceram no acumulado deste ano, mas o País perdeu espaço para outros vendedores no comércio chinês de carnes suína e de frango. De aneiro a setembro deste ano, a China foi o principal destino das exportações da carne bovina brasileira, com participação de 53% de tudo o que País exportou de carne bovina. Nos embarques de carne de aves, a China passou de primeiro para quarto destino, e de primeiro para terceiro lugar no caso da carne suína. No acumulado deste ano, as vendas de carne bovina para a China alcançaram US$ 6 bilhões, 46% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

O volume embarcado cresceu 22% e o produto representou 8% do total da pauta exportadora do Brasil para a China, com aumento de participação de 2,6%. Em contrapartida, as exportações de carne de frango brasileira ao país asiático caíram 41% em valor e 44% em volume. As maiores quedas relativas entre os dez produtos mais vendidos para a China. Arábia Saudita (11%), Emirados Árabes Unidos (10,8%) e Japão (9,7%) superaram a fatia de 8,4% da China no total exportado de carne de aves nos nove meses deste ano. O país, que ao longo da última década se destacou como destino das exportações de carne de aves, ficou em quarto lugar no acumulado de janeiro a setembro de 2025. Isso indica uma mudança de trajetória, tendo em vista que nos nove primeiros meses de 2024 e 2023, a China foi o país que mais comprou o produto brasileiro.

Parte da retração, porém, pode estar atrelada à suspensão pela China da entrada do frango proveniente de todo o território brasileiro desde 16 de maio deste ano, quando o Brasil registrou um caso de gripe aviária em plantel comercial. O faturamento das vendas de carne suína do Brasil para a China caiu 29%, com recuo de 30% na quantidade embarcada. As vendas da carne suína nacional foram direcionadas sobretudo às Filipinas, que absorveram 23,6% das exportações do Brasil, seguidas pelo Japão, com 11,5%, enquanto a China ficou em terceiro lugar, com 9,7% ante 36% de dois anos atrás. Em 2024, China e Filipinas já disputavam o primeiro lugar como destino da carne suína brasileira. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.