21/Oct/2025
Em setembro, os custos de produção registraram nova queda na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), de 0,89% no Custo Operacional Efetivo (COE). Foi o terceiro mês consecutivo de baixa. Dentre as regiões monitoradas, o comportamento foi distinto, com elevações na Bahia, no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo, mas queda em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, e estabilidade em Goiás. Apesar da alta nos preços do milho e do farelo de soja em estados como Paraná, Santa Catarina e São Paulo em setembro, os custos com alimentação animal não acompanharam esse movimento. As rações se desvalorizaram 2,08% na “Média Brasil” em relação ao mês anterior, devido à necessidade de escoamento por parte das indústrias e casas agropecuárias, que mantinham estoques elevados.
Vale lembrar que a demanda por ração tende a diminuir de outubro em diante, com o retorno das chuvas em grande parte do País, o que, por sua vez, melhora a qualidade das pastagens e da nutrição do rebanho. O estado de Minas Gerais registrou a baixa mais significativa (-3,26%), o que influenciou a média nacional. Os valores da categoria de suplementos minerais registraram pequeno aumento de agosto para setembro, sob reflexo da demanda mais aquecida, por conta das pastagens mais desgastadas nesta época do ano. Na “Média Brasil”, a elevação foi de 0,33%, influenciada principalmente pela alta de 3,39% em Santa Catarina. Para insumos agrícolas, a categoria de adubos e corretivos se valorizou 0,13% na “Média Brasil” em setembro. Algumas casas agropecuárias aproveitaram para reajustar os preços desses produtos, visando produtores que deixam para comprar a partir do início das chuvas, em outubro.
As cotações da categoria de defensivos seguiram em queda na “Média Brasil”, devido à demanda fraca ao longo de período de seca. No mercado de medicamentos, houve estabilidade nas categorias de antibióticos, vacinas e produtos para controle parasitário. A exceção foi a categoria de antimastíticos, que apresentou valorização de 1,17% na “Média Brasil”. Em agosto, o produtor de leite precisou de 25,18 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho, 3,81% a mais que em julho. No período, o cereal se valorizou 0,38% (para R$ 63,87 por saca de 60 Kg - Indicador ESALQ/BM&F), enquanto o preço médio do leite caiu 3,30%, para R$ 2,54 por litro. Dessa forma, o poder de compra em agosto foi pior que no mês anterior (24,25 litros/sc), mas ainda está melhor que a média dos últimos 12 meses (27,1litros/saca). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.