17/Oct/2025

A projeção é de que as exportações brasileiras de carne de frango em 2025 fiquem em linha com 2024 ou até superiores. Modelos de projeções indicam que o volume total exportado em 2025 pode ficar praticamente igual ao registrado em 2024 (queda de 1%). No entanto, caso o atual intenso desempenho das exportações siga sendo verificado nas próximas semanas, 2025 pode se encerrar com a quantidade total escoada acima da verificada em 2024, renovando, portanto, o recorde. Na parcial de outubro (primeiros oito dias úteis), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques registram média diária de 22,9 mil toneladas, 9,6% acima do observado em setembro e alta de 16% sobre de outubro de 2024.

Esse cenário é reforçado pela recente retomada das compras da proteína brasileira por parte da União Europeia, fator que contribui para diversificar os destinos e, sobretudo, consolidar a recuperação do ritmo exportador nacional em níveis pré-gripe aviária. É importante ressaltar, ainda, que as vendas à China, importante destino da proteína brasileira, seguem suspensas, e que uma retomada nos embarques ao país asiático poderia impulsionar ainda mais as exportações totais. As projeções de crescimento das exportações para 2025 estão condicionadas à manutenção da ausência de novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais, assim como de outros tipos de Influenza.

Quanto à receita com as exportações, pode ficar abaixo de 2024, devido a sucessivas quedas nos preços médios de exportação, que já acumulam cinco meses consecutivos de retração, e aos sinais de desvalorização da proteína avícola no mercado internacional nos últimos meses. Houve redução de 2,4% no valor médio da carne avícola in natura exportada (em US$/tonelada) entre janeiro e outubro de 2025 ante o mesmo período do ano anterior. O preço médio na parcial de outubro, de US$ 1.681,00 por tonelada, é o menor patamar desde janeiro de 2024.

A queda pode estar relacionada aos efeitos da gripe aviária. Para escoar o excedente de oferta gerado durante o período de restrições, o setor brasileiro teria recorrido à estratégia de direcionar volumes a destinos alternativos, praticando preços mais competitivos. No mercado interno, a demanda pela carne de frango se enfraqueceu na última semana e com isso os preços estão em baixa. Em São Paulo, no atacado, o preço do frango inteiro congelado registra recuo de 0,5% nos últimos sete dias, cotado a R$ 8,03 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.