09/Oct/2025
Desde fevereiro deste ano, as Filipinas se configuram como o maior destino da carne suína brasileira. As exportações intensas ao país, e a outros destinos, novos ou consolidados, mais que compensam os constantes recuos observados à China. Ressalta-se que esse cenário é fruto de um trabalho que vem sendo realizado com afinco por parte de instituições representativas do setor suinícola nacional, que vem conquistando novos mercados e garantindo outros. O resultado disso é que, em setembro, dados da (Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que a quantidade de carne suína embarcada pelo Brasil atingiu 150 mil toneladas, um recorde, considerando-se toda a série histórica, iniciada em 1997. O volume exportado em setembro pelo Brasil ficou 25% acima do de agosto e 26% superior ao de setembro/2024. Às Filipinas, especificamente, foram escoadas 49 mil toneladas da carne, 46,5% a mais que em agosto/2025 e 74% acima do volume de setembro/2024. Ou seja, os envios ao país asiático representaram 32,7% do total escoado pelo Brasil em setembro.
No acumulado do ano, o Brasil exportou a todos os destinos mais de 1,108 milhão de toneladas da carne, quantidade 13% maior que a do até então recorde verificado no mesmo período de 2024. Além disso, as exportações da parcial de 2025 já estão acima das registradas em todo o ano de 2022, quando 1,102 milhão de toneladas foram exportadas pelo País. Destaca-se que, ano após ano, o mercado vem renovando os recordes nos envios e, para 2025, a estimativa é de que os embarques superem, pela primeira vez na história, a marca de 1,5 milhão de toneladas. Esse desempenho consolida o Brasil na posição de terceiro maior exportador mundial, recentemente, o País ultrapassou o Canadá, mas segue atrás da União Europeia e dos Estados Unidos, segundo apontam dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em relação aos destinos, as Filipinas vêm adquirindo o produto de maneira significativa e crescente desde 2022.
Durante o período de pandemia, o país asiático sofreu um choque em sua produção doméstica de carne suína (do qual ainda não se recuperou) e tem dependido cada vez mais do comércio internacional para suprir seu consumo interno. Além disso, as Filipinas vêm apresentando crescimentos na economia e na população, o que, naturalmente, aumenta a demanda por carne. Outro fator que influencia as vendas brasileiras é que, constantemente, o país asiático registra casos de PSA (peste suína africana). Em 2024, o Brasil forneceu 42% de todo o volume importado pelas Filipinas. Aliás, o continente asiático segue como principal destino da proteína brasileira. Além das Filipinas, a China (que, em setembro, voltou a superar o Chile e se posicionar como segundo maior importador), o Japão, Hong Kong e Singapura também adquirem importantes volumes do Brasil. Na América Latina, os destaques são Chile, México, Uruguai e Argentina. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.