06/Oct/2025
Segundo o consultor William Marchió, especialista em agropecuária e sustentabilidade, os sistemas pecuária-floresta entregam mais valor aos proprietários que as fazendas convencionais e podem ser adaptados a propriedades de qualquer tamanho. O produtor não recebe a mais por a carne ser mais sustentável, apenas pela rastreabilidade entrega mais valor, mas pouco, que nem sempre cobre a implementação da tecnologia. Mas, os arranjos mistos são mais rentáveis que a produção convencional porque há sinergia entre diferentes fatores, e o rebanho e as culturas produzem 15%, 20% a mais. Embora o mercado não esteja oferecendo diferencial de remuneração para o gado sustentável, a sociedade exige sustentabilidade nos negócios.
O agronegócio brasileiro precisa mostrar ao mundo como é sustentável. O diálogo com o consumidor urbano e o com estrangeiro precisa melhorar, ter mais ênfase. Além disso, no País, o grande desafio é converter áreas de pastagens, não necessariamente degradadas, em áreas altamente produtivas, sem a necessidade de desmatar nem uma árvore. É preciso fortalecer sistemas que capturam carbono, e está equivocada a ideia de que se abster de comer carne é mais sustentável. A Caravan Tech ressaltou que é preciso alimentar o mundo. É possível cuidar do planeta e ao mesmo tempo gerar comida de qualidade. Os sistemas produtivos não precisam gerar sofrimento aos animais em confinamento. A rastreabilidade efetiva de rebanhos pode apoiar contratos futuros de boi, que fixam os preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.