25/Sep/2025
Mesmo com as recentes desvalorizações, as médias mensais estaduais do suíno vivo posto na indústria avançam setembro nos maiores patamares do ano, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de agosto/2025). Na parcial deste mês, os valores estão na máxima de 2025 para os Estados da Região Sul. Na Região Sudeste, os preços só ficam abaixo dos de fevereiro deste ano. De maneira geral, esse movimento está associado à reduzida disponibilidade de carne suína no mercado interno, reforçada pelo aumento das exportações, sobretudo no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os três principais exportadores da proteína brasileira, bem como pela diminuição do número de abates nos últimos meses.
Além disso, o segundo semestre do ano é tradicionalmente marcado por uma maior demanda, o que contribui para elevar as cotações. O Paraná apresenta a maior média nesta parcial de setembro, de R$ 9,09 por Kg, acima da média de fevereiro/2025, de R$ 9,04 por Kg. A entrada do Paraná no mercado internacional ajudou a impulsionar as exportações, o que explica os patamares de preços mais elevados. Nos últimos sete dias, especificamente, a demanda no mercado suinícola está sendo limitada pela proximidade do fim do mês e pela concorrência com as outras carnes (de frango e bovina).
Com isso, as cotações tanto do suíno vivo como dos cortes estão em baixa. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo posto na indústria é comercializado a R$ 9,07 por Kg, baixa de 2,4% nos últimos sete dias. Na região oeste de Santa Catarina, o suíno registra desvalorização de 2,7% no mesmo período, a R$ 8,76 por Kg. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína apresenta recuo de 0,8% nos últimos sete dias, comercializada a R$ 13,27 por Kg. No mercado de cortes, o carré tem leve baixa de 0,2% no mesmo período, a R$ 13,46 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.