22/Sep/2025
Os preços do boi gordo no mercado físico seguem pressionados pela demanda enfraquecida, situação que não deve mudar no curto prazo. O menor consumo de carne bovina no fim do mês reduz o apetite nas compras de boiadas prontas e os frigoríficos, com programações de abate alongadas, evitam aumentar os estoques mesmo com cotações mais atrativas do boi gordo. Outro fator de atenção do mercado nesses dias é o câmbio, que reduziu a margem dos exportadores. O dólar tem reagido, mas ainda acumula queda no mês e no ano, de 1,9% em setembro e quase 14% em 2025. Os frigoríficos mantêm a pressão sobre os preços no mercado físico. Em geral, quem reajusta os preços para baixo mantém a cotação nos dias seguintes. A investida da indústria para baixar as cotações do boi gordo já dura pelo menos uma semana.
Os pecuaristas de Mato Grosso e de São Paulo e grandes confinadores têm sentido mais o impacto da baixa demanda. O ritmo de preços em cada região tem sido ditado pelas escalas de abate. Em São Paulo, as escalas estão entre 10 e 16 dias. No Paraná, por volta de 15 dias. Em Mato Grosso do Sul, onde o preço do boi gordo segue firme, por volta de 8 dias. Em Mato Grosso, as escalas atendem entre 10 e 21 dias. Em São Paulo, boi gordo está cotado a R$ 307,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 280,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 295,00 por arroba; e o “boi China", a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 278,52 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 316,74 por arroba; e na Bahia, a R$ 287,16 por arroba.