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19/Sep/2025

Boi: preços da carne em alta no mercado mundial

Segundo o Instituto Nacional da Carne do Uruguai (Inac), o mercado global de carne bovina passa por um momento de valorização dos preços. Há três razões principais: aumento da demanda, menor produção e políticas que afetam o mercado. Há aumento da demanda, especialmente na Ásia, que hoje importa metade da carne do mundo. Em segundo lugar, a produção mundial cresce mais lentamente, com redução do rebanho e aumento do preço do abate e, terceiro lugar, políticas que geram disrupções no mercado. O Uruguai também está se beneficiando de uma valorização, devido à menor oferta de carne no mundo, o que faz os preços subirem.

Exportadores com habilitação e relações comerciais consolidadas podem se beneficiar dessas condições, enquanto instabilidades políticas podem afetar os preços tanto para cima quanto para baixo, a depender do mercado. Mas, o saldo tende a ser positivo. Estruturalmente, a demanda global continua crescendo de forma relevante. Apesar das oportunidades de mercado, o Uruguai mantém uma postura de estabilidade, minimizando as oportunidades provocadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. O abate do país é de cerca de 2 milhões de cabeças, então a capacidade de negociação é limitada.

Independentemente de oportunidades comerciais pontuais, o Uruguai sempre trabalha pela estabilidade e pelo respeito às regras internacionais. No entanto, os preços pagos podem ser mais remuneradores. O Uruguai tem uma tradição muito prolongada de atuação nos Estados Unidos. O volume é relativamente imóvel: um terço vai para a China, um terço para a Europa e um terço para os Estados Unidos, então não há muito espaço para alterações significativas. Pode haver alguma elasticidade de preço, mas não de volume.

A presença de empresas brasileiras no país, como Minerva e Marfrig, têm contribuído para ampliar os destinos da carne bovina uruguaia. Algumas empresas brasileiras trouxeram dispositivos e soluções para o Uruguai, o que gera uma interação interessante, especialmente em mercados como o Oriente Médio. Empresas grandes, brasileiras ou de outras nacionalidades, mantêm escritórios comerciais nesses mercados e apresentam a carne uruguaia, fortalecendo a presença do país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.