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18/Sep/2025

Boi: abate deve avançar em 2025 e cair em 2026

A consultoria Datagro projetou que o abate de bovinos no Brasil terá uma nova alta em 2025, mas passará por retração em 2026. O País deverá abater 40,845 milhões de cabeças de gado em 2025, representando um crescimento de 2,9% em relação às 39,689 milhões de cabeças do ano passado. Se confirmado, o número consolidará dois anos consecutivos de forte expansão, após um crescimento expressivo de 16,4% em 2024 na comparação com 2023. Contudo, a expectativa para 2026 é de uma reversão nessa tendência. A previsão aponta para um abate total de 37,053 milhões de cabeças, o que significaria uma queda de 9,3% frente a 2025, retornando a um patamar próximo ao de 2024. A projeção para 2026 é de recuo em todos os meses na comparação anual.

Além disso, nenhum mês ultrapassará a marca de 3,3 milhões de cabeças abatidas. As variações mensais projetadas para 2026 em relação a 2025 variam entre -5% e -13%. Esse movimento de expansão seguida de retração é característico do ciclo pecuário. O abate elevado projetado para 2024 e 2025 esgota o rebanho disponível no curto prazo, o que, consequentemente, reduz a oferta de bovinos prontos para o abate no ano seguinte. Os produtores retêm mais fêmeas para reprodução para recompor o plantel, um movimento necessário para garantir a sustentabilidade da produção no longo prazo, mas que contrai a oferta imediata para frigoríficos.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) minimizou as previsões de queda no consumo de carne bovina, menor oferta de gado e redução nos abates no País no próximo ano. No mercado interno, a projeção é de estabilidade no consumo em 2026, mesmo diante de incertezas econômicas. Em 2026, pode haver ações governamentais para estimular o consumo, até por ser ano eleitoral. O cenário de pleno emprego e o aumento da renda da população podem garantir um desempenho positivo para a carne bovina. O consumo pode se manter estável ou até crescer. Fatores como a melhoria genética das fêmeas e a eficiência produtiva têm compensado as expectativas mais pessimistas quanto à queda na oferta e abate de gado. As projeções indicavam redução, mas está crescendo o número de abates. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.