18/Sep/2025

O contrato de boi gordo da B3 vem ganhando liquidez e diversificação de investidores, mas a participação dos produtores ainda é um desafio para o crescimento do mercado. A questão principal é trazer o produtor, ensinar como operar e promover esse conhecimento. Atualmente, cerca de 10 mil contratos são negociados diariamente, e a composição de investidores já mostra diversidade: cerca de 45% são pessoas físicas, majoritariamente produtores; 25% são não-residentes; 15% são pessoas jurídicas não financeiras; e o restante está dividido entre instituições financeiras e investidores institucionais. A B3 quer que o ‘bolo’ aumente, pois ainda há espaço para crescimento.

Para incentivar a participação do produtor, a B3 lançou este ano um programa de educação voltado ao agronegócio, em parceria com corretoras e empresas do setor, que explica o funcionamento do contrato e como operá-lo na prática. Embora muitos produtores já entendam a importância de travar preços e proteger-se, ainda não sabem nem por onde começar. Sobre a possibilidade de novos contratos, como boi magro ou expansão para outras regiões, dependerá da demanda e o mercado ainda precisa amadurecer. É necessário quebrar a percepção de risco associada à bolsa. O preço do boi é muito mais volátil que o Ibovespa. Sem fazer uma trava, o risco é maior a longo prazo. Há interesse, mas ainda falta dar o primeiro passo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.