18/Sep/2025

Segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires, as exportações argentinas de carne bovina em 2026 devem chegar a 830 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), 7,8% acima do projetado para 2025, mas pouco abaixo do recorde de 2024 (847 milhões de toneladas). Traders relatam que a forte demanda externa, aumento de preços e mudanças geopolíticas podem favorecer os embarques do país. Ao mesmo tempo, a demanda doméstica, que absorve entre 70% e 75% da produção total, mantém-se firme, apoiada por um peso forte que permite aos consumidores pagarem preços competitivos em termos de dólar.

A China deve continuar sendo o principal destino da carne argentina, embora com participação menor do que em anos anteriores, seguida por Estados Unidos, Israel e União Europeia. As exportações para China, contudo, dependem da decisão final que o governo chinês tomar em sua investigação antidumping em andamento sobre importações de carne bovina, e das tarifas dos Estados Unidos sobre o Brasil, que chegam a 50%. Enquanto esse nível de tarifas permanecer, os Estados Unidos provavelmente não importarão carne brasileira e buscarão volumes maiores de carne de outras origens, como a Argentina. Se a situação persistir, a Argentina provavelmente reduzirá suas exportações de carne para a China, já que ambos os mercados demandam cortes semelhantes.

Quanto às importações da Argentina, a estimativa é de 26 mil toneladas, segundo maior nível histórico, atrás de 1998. O Brasil é o principal fornecedor, seguido por Paraguai e Uruguai. O consumo doméstico foi projetado em 2,4 milhões de toneladas, levemente menor do que em 2025 (2,47 milhões de toneladas), mas ainda representando cerca de 74% da oferta total. No total, a produção de carne bovina da Argentina em 2026 deve somar 3,2 milhões de toneladas, praticamente sem alteração desde 2022. O abate deve cair para 13,7 milhões de cabeças, mas com peso médio de carcaça um pouco maior, de 234 Kg. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.