16/Sep/2025

Segundo a XP Investimentos, o mercado de proteínas animais registrou movimentos distintos nos primeiros dias de setembro, com destaque para a recuperação nas cotações do frango. Para o frango, o cenário é de reação positiva nos preços, sustentada pela demanda doméstica firme e pelo encarecimento das proteínas concorrentes. Também se observa um alívio gradual nas restrições às exportações brasileiras. A China é o único país que ainda sustenta restrição ao Brasil, mas o impacto é maior para a margem da indústria do que para o volume exportado.

No caso da carne bovina, os preços permaneceram estáveis. A oferta de gado segue surpreendendo, mesmo diante da queda no volume de fêmeas destinadas ao abate. A oferta de pasto já minguou, mas confinamentos estão cheios, somando-se ainda confinamento a pasto, semiconfinamento e TIP (terminação intensiva a pasto). Além disso, a indústria está mais posicionada neste ano, fatores que têm pressionado a curva futura.

No setor de suínos, os preços se mantiveram estáveis tanto para o suíno vivo quanto para a carcaça. No entanto, a expectativa é a de que os embarques em setembro possam dar novo fôlego às cotações. Entre os fatores de pressão baixista, pode-se citar a valorização do Real, que reduz a competitividade das exportações brasileiras. Por outro lado, há elementos de suporte ao mercado, como a redução das restrições da União Europeia às importações de frango e os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que mostram forte aumento no volume exportado na primeira semana de setembro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.