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15/Sep/2025

Boi: México fará vistoria em frigoríficos brasileiros

O Brasil deve receber a partir desta segunda-feira (15/09) uma missão sanitária do governo mexicano para renovar e habilitar frigoríficos aptos à exportação de carne bovina. A expectativa é de que o México autorize 14 novas fábricas a comercializar a proteína ao mercado mexicano, afirmam fontes do governo brasileiro. Os atuais 35 frigoríficos que já estão aptos a realizar os embarques também serão vistoriados para renovação do aval. A inspeção será conduzida pelo Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Agroalimentar (Senasica) do México, com vistorias previstas até 26 de setembro. A auditoria presencial foi comunicada ao Ministério da Agricultura em 11 de julho. Catorze unidades receberão vistoria para a habilitação para exportação de carne bovina in natura desossada e maturada. Entre elas, há fábricas das gigantes do setor: três da Minerva, duas da JBS e uma da Marfrig.

São elas: Minerva S.A em Rolim de Moura (RO, SIF 791), Marfrig S.A em Várzea Grande (MT, SIF 2015), Minerva S.A em Mirassol D'Oeste (MT, SIF 2911), Agra Agroindustrial de Alimentos S/A em Rondonópolis (MT, SIF 3941), Distriboi em Rolim de Moura (RO, SIF 4334), JBS/SA em São Miguel do Guaporé (RO, SIF 175), Minerva S.A em Janaúba (MG, SIF 2471), JBS S.A em Goiânia (GO, SIF 862), Prima Foods S.A em Santa Fé de Goiás (GO, SIF 4029), Meat Snack Partners do Brasil Ltda em Lins (SP, SIF 260), Agroindustrial Iguatemi Ltda em Iguatemi (SP, SIF 1440), Frigorífico Better Beef Ltda em Rancharia (SP, SIF 1925), Naturafrig Alimentos Ltda. em Rochedo (MS, SIF 3974) e Frisa Frigorífico Rio Doce S.A em Colatina (ES, SIF 506), esta última em vistas de habilitação para produtos termoprocessados. As novas habilitações foram selecionadas com base em habilitação prévia das unidades aos Estados Unidos, com exceção da unidade da Frisa, que será avaliada apenas para produtos termoprocessados e foi incluída pelo interesse da indústria mexicana, esclarecem as autoridades sanitárias brasileiras na circular.

Também foram citadas as 35 unidades fabris que já atuam na venda de carne bovina in natura desossada e maturada e receberão inspeção para renovação do aval. A lista das plantas a serem vistoriadas foi definida pelo Senasica. O resultado da auditoria será conhecido após a conclusão da missão, que se encerra em 26 de setembro, e da entrega do relatório da autoridade sanitária mexicana à contraparte brasileira. A habilitação de mais frigoríficos a exportar carne bovina ao México é uma demanda da indústria nacional de carne bovina, que vê no país um mercado remunerador e capaz de absorver parte da proteína que deixará de ser exportada aos Estados Unidos. O mercado mexicano vem ganhando espaço entre os principais destinos da carne bovina.

No último mês, o país se tornou o segundo principal destino da carne bovina exportada, com 13,301 mil toneladas e receita de US$ 75,224 milhões, aumento de 301% em um ano, posto que era dos Estados Unidos antes do tarifaço de 50% sobre produtos importados brasileiros. No acumulado do ano, até o momento, o Brasil exportou 80,442 mil toneladas de carne bovina ao México, com embarques somando US$ 438,567 milhões. As exportações de carne bovina ao México são favorecidas também pelo "Paquete Contra la Inflación y la Carestía" (Pacic), pacote do governo mexicano contra a inflação que isenta a tarifa de importação aplicada sobre produtos agropecuários utilizados na produção de alimentos da cesta básica. O programa tem validade até o fim deste ano, com possibilidade de ser prorrogado. Sem a tarifa zerada, o imposto de importação mexicano chega a 20% para carne bovina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.