15/Sep/2025
O Citi avaliou, em relatório, que a MBRF Global Foods, empresa resultante da fusão entre Marfrig e BRF, terá receita anual de R$ 152 bilhões (cerca de US$ 28 bilhões), posicionando-se entre as dez maiores produtoras globais de proteína. A escala e a diversificação darão à MBRF condições de rivalizar com JBS e Tyson. O Citi reiterou recomendação de compra para as ações da Marfrig, com preço-alvo de R$ 29,00 observando que os papéis são negociados a cinco vezes o múltiplo valor da empresa/Ebitda estimado para 2026, o que, na visão da casa, abre espaço para reavaliação.
Apesar da alavancagem ainda elevada, o fluxo de caixa robusto e as alternativas de refinanciamento devem mitigar preocupações. A fusão prevê a troca de uma ação da BRF por 0,8521 ação da nova companhia, além do pagamento de R$ 199 milhões a acionistas dissidentes e dividendos pré-fusão. O Citi também ressaltou o histórico da Marfrig em busca da diversificação, lembrando que a trajetória multiproteína começou em 2009 com a aquisição da Seara e ganhou força em 2021 com a entrada gradual no capital da BRF.
O Citi projeta sinergias anuais de R$ 805 milhões, sendo R$ 400 milhões a R$ 500 milhões já no primeiro ano, principalmente via integração logística, ganhos na cadeia de suprimentos e otimização de custos corporativos. A nova companhia consolida 38% de suas vendas em produtos processados, de maior margem, o que traz resiliência contra os ciclos de commodities. Para 2026, o banco estima que as vendas da Marfrig atinjam R$ 170,6 bilhões, com Ebitda de R$ 12,7 bilhões e margem de 7,5%. No ranking setorial, o Citi reforçou que a JBS segue como a preferência no segmento de proteínas no Brasil, seguida pela Marfrig, enquanto Minerva foi classificada como neutra. Fonte: Broadcast Agro.