11/Sep/2025

De acordo com a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, após dois anos de retração, o rebanho bovino brasileiro deve começar a se recuperar em 2026, impulsionado por um aumento de 5% na produção de bezerros e pela retenção de matrizes por parte dos pecuaristas. A safra de bezerros deve saltar de 47,25 milhões de cabeças em 2025 para 49,65 milhões em 2026, o primeiro movimento consistente de alta após o País ter atingido o fundo do ciclo de produção em 2023. O tamanho total do rebanho, no entanto, deve se manter praticamente estável, passando de 181,2 milhões para 180,3 milhões de cabeças, uma variação mínima que confirma a interrupção da tendência de queda.

Para 2025, os dados ainda refletem a fase de ajuste: o abate total está projetado em 47 milhões de animais, abaixo dos 48 milhões registrados em 2024. Deste total, 11,65 milhões são vacas e 35,1 milhões, outros bovinos. Um dado que surpreendeu foi a revisão para cima das exportações de animais vivos, agora estimadas em 1,5 milhão de cabeças, o dobro do previsto anteriormente (750 mil), indicando uma demanda internacional aquecida. A expectativa de recuperação está atrelada a um cenário macroeconômico mais favorável, custos de produção mais controlados e à expectativa de manutenção da forte demanda externa por proteína animal brasileira. O segundo semestre de 2025 deve marcar o ponto de virada para o início de um novo ciclo de crescimento da pecuária nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.