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10/Sep/2025

Boi: foco principal do setor é o mercado asiático

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou que o foco do setor está na Ásia, em virtude do aumento populacional dos países daquele continente e da demanda pela carne bovina. O "grande receio" dos Estados Unidos é o Brasil ter autorização para enviar miúdos para a Ásia, onde há demanda por esses cortes. É essa a estratégia da indústria bovina brasileira, que é vender os cortes nobres consumidos no mercado interno. Todos têm acesso a carne que o consumidor interno culturalmente gosta de comer, e os excedentes e as carnes que não há o hábito de comer, vender para os países que tem esse costume.

Quanto mais possibilidades de venda de miúdos para a Ásia, maior a agregação de valor. A União Europeia é um mercado relevante para a carne brasileira, mas atrás dos mercados asiáticos. O acordo do Mercosul com a União Europeia, que o governo brasileiro pretende assinar ainda este ano, é importante, mas, para o Brasil uma cota com tarifação menor de cerca de 40 mil toneladas. O setor de carnes brasileiro já exporta para a União Europeia cerca de 80 mil toneladas por ano.

Pode-se deduzir disso que não vai aumentar o mercado para a União Europeia, mas pode criar uma possibilidade de ter uma maior rentabilidade nessa primeira metade inicial. O comércio com a União Europeia envolve outras questões, em especial os quesitos sanitários e as questões ambientais. Essas duas variáveis, somadas à implementação ou não do acordo, vão definir se o mercado europeu será ou não importante para a carne brasileira no ano que vem. O acordo cria novas oportunidades de uma primeira metade ser vendida a uma tarifação menor, mas não é o que vai mudar a realidade do setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.