10/Sep/2025

Segundo o Itaú BBA, o cenário para a avicultura brasileira segue positivo, refletindo custos de ração mais baixos, recuperação gradual das exportações e preços do frango competitivos em relação às demais proteínas. Apesar de alguns mercados ainda fechados, com possível leve queda da exportação no ano, e da redução dos preços, cuja recuperação ainda não veio, pode-se dizer que o setor atravessou bem o episódio da gripe aviária, com estragos, no agregado, restritos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revisou em agosto sua projeção de exportações de carne de frango em 2025 para baixo, com queda de 2% em relação a 2024, somando 5,2 milhões de toneladas.

Para 2026, no entanto, a entidade espera uma recuperação, projetando alta de 5,8%, para 5,5 milhões de toneladas. No mercado interno, os preços seguem pressionados. Os preços de carne de frango continuaram fracos em agosto. A ave inteira congelada em São Paulo fechou o mês com média de R$ 7,28 por Kg, 0,4% abaixo do mês anterior, e 1,5% acima sobre agosto/2024. Apesar disso, a competitividade do frango permanece elevada em relação às carnes bovina e suína. Na relação de preços entre a ave e o dianteiro bovino, a competitividade da avicultura segue elevada, bem superior ao ano anterior.

A vantagem relativa do frango também se dá quando comparado com a carne suína. Na produção, os números do IBGE mostram avanço. O total de frangos abatidos no segundo trimestre ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 1,1% sobre igual período de 2024, enquanto a produção de carne aumentou 2,7% no comparativo anual. Em agosto, as exportações de carne de frango in natura somaram 344,7 mil toneladas, volume estável frente a julho e 3,2% abaixo de agosto de 2024. No acumulado do ano, o recuo foi de 10,5% nessa categoria, mas a ABPA calcula uma queda mais suave, de 1,1%, quando incluídos os processados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.