10/Sep/2025
Segundo o Itaú BBA, o cenário para o setor de suínos é positivo, com o avanço das exportações, o aumento da produção e a oferta abundante e mais em conta de milho, um dos principais insumos usados na atividade. O Brasil está bem ofertado de milho e com boas chances de o cereal seguir com preços atrativos aos consumidores, o que manterá os custos de produção contidos. De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne suína devem crescer até 7,2% neste ano, alcançando 1,45 milhão de toneladas, enquanto a produção deve subir 2,2%, para 5,42 milhões de toneladas. Com isso, o consumo doméstico deve permanecer estável e o per capita no patamar de 18,5 Kg/ano. Para 2026, a expectativa é de novos recordes: 1,55 milhão de toneladas exportadas (+7%) e 5,55 milhões de toneladas produzidas (+2,4%).
No mercado interno, há espaço para alta dos preços, já que a produção adicional está sendo absorvida pelas exportações. A disponibilidade interna de carne não deverá ser muito diferente daquela vista no ano passado, o que, em tese, dá espaço para a subida. Em agosto, os preços do suíno vivo em São Paulo tiveram forte recuperação. “Após terem se acomodado em julho, os preços subiram de forma consistente ao longo de agosto, e romperam na primeira semana de setembro a máxima do ano, de R$ 9,40 por Kg. A média mensal de R$ 8,75 por Kg ficou 3,3% acima de julho e 3,6% acima do mesmo período de 2024. Em São Paulo, no atacado, a meia carcaça suína fechou agosto com média de R$ 13,00 por Kg, alta de 6,9% frente a julho. Os custos de produção, por sua vez, permaneceram estáveis em agosto, próximos a R$ 6,00 por Kg na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais.
Isso, combinado com a elevação de 3% no suíno terminado, favoreceu mais uma vez, agora para 28%, o spread estimado da atividade. Os dados do IBGE mostram expansão moderada no abate, mas com maior peso médio das carcaças. No segundo trimestre, houve aumento de 1,6% no número de cabeças abatidas em relação ao ano anterior, mas a produção de carne subiu 4,7%. O efeito na produção de carne, quase 5% maior, foi considerável. As exportações, embora tenham mostrado desaceleração nos últimos dois meses, seguem sendo o motor do setor. Em agosto, o Brasil embarcou 107,6 mil toneladas de carne suína in natura, 4,8% abaixo de julho, mas ainda 1,5% acima do igual mês de 2024. No acumulado do ano, o avanço chega a 12,8%. O crescimento é bastante satisfatório, em que pese um recuo no preço médio da carne exportada de 2,1% frente a julho, após três elevações consecutivas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.