08/Sep/2025
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a decisão da União Europeia de reconhecer o Brasil como livre de Influenza Aviária é vista pela como oportunidade de reposicionar o País em momento de fragilidade do setor na Europa. Na sexta-feira (05/09), foi anunciado um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na Alemanha. Ou seja, há dificuldades internas e a oferta brasileira pode ajudar a equilibrar o mercado. O reconhecimento do status sanitário brasileiro pode destravar rapidamente as exportações de carne de frango ao bloco. Entre os grandes mercados que ainda estavam fechados, restavam basicamente Europa e China.
Agora, a Europa deu o sinal que vai reabrir. Falta apenas a parte burocrática. Cerca de 50 mil toneladas deixaram de ser embarcadas desde a suspensão em maio. Em média, o Brasil estava exportando 20 mil toneladas por mês para a Europa. Algumas empresas conseguiram vender por preços até mais altos, outras tiveram que aceitar preços mais baixos. Apesar do impacto, o setor já mostra sinais de recuperação. Os números de exportação estão bem positivos, principalmente diante da preocupação que existia com um possível desastre por conta da Influenza Aviária. Mas o setor voltou a operar dentro da normalidade.
As exportações brasileiras de carne de frango (incluindo produtos in natura e processados) somaram 394,6 mil toneladas em agosto, alta de 3,9% ante igual mês de 2024. Apesar do crescimento no volume, a receita caiu 11,9%, fechando o período em US$ 699,4 milhões, frente aos US$ 793,6 milhões registrados no ano passado. A queda na receita tem relação com mudanças na dinâmica das negociações, com alguns importadores pagando menos. Isso foi resultado do desarranjo do mercado, com a necessidade de redirecionar produtos que iam para mercados que foram fechados. O mais importante, porém, é que o setor está voltando à normalidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.