04/Sep/2025
Segundo projeção do Rabobank, a produção de leite no Brasil deve encerrar 2025 com expansão de 6,5%. O avanço, embora robusto, representa uma moderação após o crescimento expressivo registrado no segundo trimestre, quando o avanço chegou a 9,3%, a maior alta em mais de uma década. O crescimento da produção continua, mas perde ritmo. O movimento foi impulsionado por condições climáticas favoráveis e margens mais positivas para os produtores, beneficiados pela queda nos custos de insumos como milho e farelo de soja.
Apesar da maior oferta, a demanda tem segurado parte da pressão baixista sobre os preços. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o leite pago ao produtor recuou de R$ 2,82 por litro em abril para R$ 2,65 por litro em julho, já ajustados pela inflação. Apesar da tendência de queda, os preços continuam relativamente sustentados devido à demanda mais forte do que o esperado. No primeiro semestre de 2025, a produção acumulou alta de 6,8%, segundo dados preliminares do IBGE. A expectativa é de um avanço anualizado de 6,2% no segundo semestre, reflexo da base comparativa elevada e de um ritmo mais moderado de crescimento.
A resiliência da economia deve sustentar o consumo de lácteos. Embora o crescimento da renda real tenha desacelerado, as compras de alimentos não sofreram queda significativa. A visão é otimista para as vendas de laticínios no segundo semestre. Entre os pontos de atenção, as importações e exportações de lácteos caíram 6% de janeiro a julho em relação ao ano anterior. Além disso, condições leves de La Niña podem trazer temperaturas mais baixas e aumento da pluviosidade nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste nos próximos meses, afetando a produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.