04/Sep/2025

A venda de ações da BRF do fundo Saudi Agricultural and Livestock Investiment Company (Salic), que pertence à família real da Arábia Saudita, e somou R$ 3,7 bilhões, teve em contrapartida uma posição montada em derivativos lastreada nesses papéis. Na prática, o fundo árabe deixa de figurar como acionista da BRF, empresa da qual detinha 11,03% do capital, mas ainda tem direitos aos papéis por meio dos derivativos, e mantém os direitos econômicos na empresa de alimentos, segundo as fontes.

O Citi, banco que assessorou a transação, passa a figurar como o acionista. A venda se deu por meio de leilão na B3 e envolveu a venda de 185.556.900 ações, exatamente o número de papéis detidos pelo fundo na BRF. Por conta de participação na BRF e na Minerva, esta última questionou no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, se a fusão da BRF com a Marfrig for aprovada, o Salic teria posições nas três maiores empresas da área no Brasil. O Salic tem 25% da Minerva. O fundo se absteve de votar na fusão. Fonte: Broadcast Agro.