28/Aug/2025
Segundo relatório publicado nesta quarta-feira (27/08) pelo Observatório do Clima, as emissões de metano (CH4) no Brasil aumentaram 6% entre 2020 e 2023, atingindo 21,1 milhões de toneladas no último ano. O volume foi o segundo maior registrado, com impulso da agropecuária, que responde por três quartos das emissões de CH4. O metano é um gás de efeito estufa, que tem potencial de aquecimento global 28 vezes superior ao do dióxido de carbono. A agropecuária representou 75,6% da emissão de metano no Brasil em 2023, com 15,7 milhões de toneladas.
Desse volume, 98% tiveram origem na pecuária, principalmente na fermentação entérica do rebanho bovino, também conhecida como "arroto" do boi, com 14,5 milhões de toneladas. O volume corresponde a 406 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), mais do que todas as emissões de gases de efeito estufa da Itália no mesmo ano. Em seguida, o setor de resíduos foi o segundo principal poluente em metano no País, com 3,1 milhões de toneladas em 2023, sobretudo devido ao descarte de dejetos orgânicos em lixões.
Também contribuíram para as emissões o setor de mudanças de uso da terra e florestas (1,33 milhão de toneladas), com destaque para as queimadas, o setor de energia (550 mil toneladas) e o de processos industriais e uso de produtos (20 mil toneladas). O Brasil aderiu em 2021 ao Compromisso Global do Metano, assumido por mais de 150 países na COP26, em Glasgow, com a meta de reduzir em 30% as emissões até 2030 em relação a 2020. No entanto, desde 2015, o País apresenta crescimento nas emissões. O Brasil é o quinto maior emissor global de metano, atrás de China, Estados Unidos, Índia e Rússia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.