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28/Aug/2025

Suíno: mercado não remunera produtos “verdes”

Segundo a Primato Cooperativa Agroindustrial, o mercado consumidor ainda não assegura valores mais atrativos aos produtos "verdes". Como exemplo, o "suíno verde": o mercado ainda não remunera o fato de não haver resíduos da produção. O consumidor escolhe o menor preço no momento da compra. Os grandes compradores, como redes de food service, por outro lado, exigem da indústria novos selos e certificações, mas também sem remuneração adicional pela chancela verde. Hoje, a certificação verde ainda não rodou no caixa, apesar do apelo de sustentabilidade.

O chamado "suíno verde" produzido pela Primato, de Toledo (PR), consiste na suinocultura sem resíduos de produção. A operação ocorre como uma espécie de economia circular. O milho e soja plantados viram alimentação animal. Os dejetos recolhidos na produção de suínos são transformados em biometano que abastecem os caminhões, em biogás que gera energia para a fábrica e adubo organomineral para as lavouras de grãos. A cooperativa possui uma indústria em Toledo para transformação dos dejetos animais coletados nas propriedades dos cooperados em biogás e biometano.

A planta produz 36 toneladas de adubos por dia, 6 mil m³ de biometano e 102 mil quilowatt por mês de energia proveniente do biogás. A unidade fabril faz o tratamento de substratos de 32 mil suínos por dia, recolhidos em 32 propriedades de produtores cooperados à Primato e de uma granja da cooperativa. Hoje, a Primato produz 600 mil suínos por mês. Para atender à necessidade de tratamento de toda a produção, a cooperativa vai investir em duas novas fábricas para 2026 com aporte de R$ 120 milhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.