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28/Aug/2025

Leite: tecnologia elimina metano de confinamentos

Conhecido por ter um efeito mais pronunciado sobre o aquecimento global do que o dióxido de carbono no curto prazo, o metano proveniente de atividades humanas é significativamente atribuído à agropecuária, representando quase metade dessas emissões. Com a população mundial a caminho de atingir 10 bilhões nos próximos 35 anos, combater essas emissões é mais crucial do que nunca. O gado e os arrozais lideram como principais fontes dentro do setor. Entrando nesse cenário está a Ambient Carbon, em parceria com a Benton Group Dairies. Eles estão testando seu protótipo Methane Eradication Photochemical System (MEPS), a primeira tecnologia não intrusiva para conter o metano de confinamentos leiteiros. A Benton Dairies coloca uma ênfase na conservação.

O compromisso da empresa é aumentar a influência ambiental positiva ao mesmo tempo em que reduz as emissões de gases de efeito estufa. O MEPS é uma tecnologia não invasiva que removerá mais metano das fazendas do que qualquer tecnologia disponível. Fundada na Dinamarca em 2017, a missão da Ambient Carbon gira em torno de desenvolver e implementar tecnologia que reduza de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa. A expectativa é de que atpe 2030, a Ambient Carbon eliminará bem mais de 1 gigatonelada de CO² equivalente por ano, retirando metano de confinamentos leiteiros e outras fontes, como estações de tratamento de águas residuais e usinas de biogás.

O Methane Eradication Photochemical System (MEPS) é, em essência, um sistema projetado para reduzir drasticamente as emissões de metano diretamente na fonte, seja em gado leiteiro ou outros emissores primários, impedindo sua dispersão na atmosfera. Basicamente, a Ambient Carbon o apresenta uma opção escalável e financeiramente viável para neutralizar o metano em baixa concentração. Por meio de uma abordagem fotoquímica em fase gasosa única, o MEPS simula a destruição atmosférica do metano. Trata-se de combinar átomos de cloro com luz UV dentro de uma câmara de reação, decompondo o metano na fonte e evitando sua liberação. Esse sistema, alimentado apenas com água salgada e luz UV, se destaca por sua operação em condições ambientes, automação e eficiência. O cloro é o ponto fraco do metano.

O MEPS requer apenas água salgada (cloreto de sódio) e luz UV para quebrar o metano. Ele opera em temperaturas ambientes, portanto é seguro, e é automatizado, eficiente e altamente econômico. Tecnologias de mitigação de metano, como a oxidação térmica regenerativa, funcionam com catalisadores caros em altas temperaturas e não são economicamente viáveis para as concentrações relativamente baixas de metano em um confinamento. O MEPS tem eficiência recorde mundial para as baixas concentrações encontradas na agricultura e no gerenciamento de resíduos. Testar o MEPS em campo mostrará suas vantagens e dará dados que comprovam o quão eficiente e econômico o MEPS será para fazendas leiteiras. O MEPS fica localizado fora do estábulo e não interfere nas operações de ordenha. Fonte: Sustainability Magazine. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.