15/Aug/2025

Segundo relatório da Datagro, a China registrou no primeiro semestre de 2025 um recorde na produção de carnes, impulsionada principalmente pelo avanço da avicultura. Mais de 60% do aumento na produção chinesa de carnes do período foi impulsionado pelas carnes de aves, com outros 30% sendo de carne suína e apenas 10% sendo da carne bovina. Enquanto a carne bovina apresentou recuperação nos preços locais aos produtores e mantém um crescimento estável, o excesso de oferta de aves e suínos tem causado desafios para o mercado interno.

O principal desafio talvez esteja centrado na indústria avícola da China, que também tem experimentado baixas nos preços ao produtor local e foi o grande destaque de avanço da produção. No segmento de suínos, o excesso de oferta já havia pressionado os preços. Em resposta, o governo chinês anunciou medidas para conter a produção. O 1º semestre foi desafiador para a suinocultura chinesa, mas o aperto no controle da oferta é uma indicação favorável ao reequilíbrio do maior mercado de suínos do mundo. O quadro de excesso de aves também influencia o comércio internacional.

Apesar de o Brasil ter recuperado o status de livre de gripe aviária, a demora na retomada das importações locais de frango brasileiro pode estar sendo influenciada em alguma medida por essa conjuntura doméstica. Já a carne bovina se destaca como a proteína com maior potencial de crescimento no mercado chinês. O aumento na produção local, aliado à primeira alta nas importações em junho, sugere um consumo interno em expansão. O quadro sugere que a pressão por uma regulamentação mais dura sobre as importações da proteína está se reduzindo. Isso abre espaço para expectativas de compras externas de carne bovina brasileira no segundo semestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.