14/Aug/2025
A Minerva afirmou que o Brasil vive um momento de oferta de bovinos para abate se mantendo em nível confortável para as indústrias, mesmo após a virada do ciclo no ano passado. Mudanças estruturais na pecuária, como o uso do DDG (subproduto da indústria de produção de etanol a partir do milho, usado na ração animal) na Região Centro-Oeste e avanços na fertilidade das fêmeas, alteraram a dinâmica de produção. O Brasil vinha num ciclo pecuário muito positivo. O advento do DDG ajuda muito no confinamento e na terminação, a um preço muito mais barato, reduzindo o custo da dieta e aumentando a eficiência.
A taxa de fertilidade das fêmeas passou de cerca de 45% para 55% nos últimos 15 anos, mudando completamente como se comportam as disponibilidades de gado ao longo do ciclo. Mesmo com a retenção maior de fêmeas observada desde o ano passado, a quantidade de bovinos prontos para abate hoje, em um ano considerado ruim do ciclo, é superior em comparação com anos bons, registrados há cerca de oito anos. Isso é um fator muito importante a ser explicado para os investidores, especialmente porque existe um preconceito em relação à virada de ciclo.
Comparando o cenário brasileiro com o de outros mercados, como Estados Unidos e China: nos Estados Unidos, o rebanho está no menor nível dos últimos 70 anos e não há sinais de retenção relevante de fêmeas, o que deverá obrigar o país a ampliar as importações para atender ao aumento do consumo. O mesmo está acontecendo na China. Não é à toa que os volumes de exportação da América do Sul para o restante do mundo estão subindo muito este ano, especialmente para esses dois países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.