13/Aug/2025
Segundo o Itaú BBA, apesar da tarifa de 76,4% sobre a carne bovina brasileira fora da cota nos Estados Unidos, o cenário de margens no confinamento continua favorável e reforça a importância de proteção de preços. A ausência dos Estados Unidos nos próximos meses, caso a tarifa de fato seja mantida, ocorrerá em um momento de oferta elevada dos confinamentos, o que ressalta a importância do hedge. Mesmo com a pressão de preços no mercado físico até o fim de julho, a curva futura de boi gordo apresentou reação a partir do dia 20 de julho, com contratos para a reta final do ano se aproximando de R$ 340,00 por arroba. Aos preços futuros atuais, o resultado dos confinamentos é bem interessante.
O Itaú BBA calcula margens de até R$ 1.000,00 por cabeça na engorda intensiva, sustentadas pelo milho mais barato e pela recuperação dos vencimentos futuros. A expectativa é de que a oferta de gado vindo de confinamentos seja expressiva em 2025, já que as boas margens projetadas durante a maior parte do ano servirão como estímulo ao negócio. No lado das exportações, julho registrou volume recorde de carne bovina in natura, com 276,9 mil toneladas embarcadas, alta de 16,7% frente a igual mês do ano anterior. O preço médio também avançou 1,9% em relação a junho, para US$ 4.270,00 por tonelada, 25,9% acima do registrado um ano antes.
A visão segue construtiva para os preços pecuários para os próximos anos, apoiados no estímulo à cria que irá invariavelmente reduzir a oferta de gado para abate. Porém, o momento ainda é de atenção pelo aumento do abate total. O spread das exportações subiu de 10% em junho para 15% em julho, refletindo a queda de 4,2% do boi gordo em dólares e a valorização de 1,9% da carne. No mercado interno, o spread da indústria recuou levemente, de 6,2% para 5,7% no período. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.