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13/Aug/2025

Frango: margens do setor estão favoráveis em 2025

Segundo o Itaú BBA, apesar das dificuldades enfrentadas pelas exportações brasileiras de frango, o setor avícola deve manter uma perspectiva positiva, principalmente em função de margens favoráveis. Embora as exportações devam continuar prejudicadas pela ausência da China, Europa e outros importadores ainda fechados, o cenário é favorável para o setor, apoiado nos baixos custos de produção, alta competitividade do frango relativamente ao dianteiro bovino e com a perspectiva de preços firmes para a carne bovina. A oferta interna mais elevada, resultante da produção constante e da redução do fluxo de embarques, tem limitado a recuperação dos preços no mercado doméstico. Com muitos mercados externos ainda fechados, as exportações tendem a seguir menores em relação ao ano passado, o que tende a continuar exercendo influência sobre o preço no mercado interno. Enquanto o fluxo de embarques não estiver totalmente normalizado, não será fácil ver o preço da ave voltar a superar os R$ 8,00 por Kg.

No entanto, a situação dos custos traz alívio para o setor. Com os custos de produção controlados e com perspectiva de seguirem assim, o spread da avicultura deve continuar favorável. A 2ª safra de milho de 2025 surpreendeu positivamente em 2025, com boa oferta do cereal tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que dificulta o enxugamento da oferta externa pela via da exportação. Além disso, o efeito colateral da ausência das exportações brasileiras de carne bovina para os Estados Unidos tem ajudado a sustentar os preços do frango, que segue competitivo em relação ao dianteiro bovino. Assim, a perspectiva positiva para os preços do boi gordo e da carne bovina, atuam como suporte aos preços da ave. Os bloqueios causados pelo surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul afetaram o fluxo de embarques, embora de forma menos intensa em julho em comparação a junho. Apesar disso, os custos de ração controlados e a menor intensidade das quedas de preços no mercado interno evitaram maiores impactos nas margens da indústria.

Em São Paulo, no atacado, os preços do frango inteiro congelado recuaram 2,1% em julho, um movimento mais moderado após queda mais acentuada em junho. Os preços agora estão bem próximos da curva do ano passado, com reação positiva observada a partir de agosto. No que diz respeito às exportações, apesar dos embargos, o fluxo melhorou em julho, com embarques totais de 345 mil toneladas in natura, 22% inferior em relação a julho de 2024 e 18% acima de junho. O preço médio das exportações teve leve queda de 0,5% em julho e, desde abril, recuou apenas 4%. Por fim, os dados preliminares de abates e alojamentos de pintos mostram crescimento em maio e junho frente ao ano anterior, indicando que o mercado interno absorveu os excedentes de produção. Os custos da avicultura cederam 3,8% em julho, influenciados pelo milho e farelo de soja, enquanto o preço médio do frango abatido caiu apenas 2%, o que levou a uma leve melhora no spread da atividade, bastante alinhado à média histórica, após um ótimo início de ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.