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13/Aug/2025

Suíno: cenário favorável ao setor suinícola em 2025

Segundo o Itaú BBA, a perspectiva para os produtores e agroindústrias de suínos segue positiva em 2025, sustentada pelo crescimento da demanda externa e pelos baixos custos da ração, que garantem margens robustas. O cenário favorável para o custo do milho, com a safra norte-americana caminhando bem, e prevista em grande quantidade, pode limitar a exportação brasileira do cereal, o que é favorável aos setores consumidores. Mesmo com a expectativa de que não ocorra uma nova escalada expressiva nos preços do suíno como a de 2024, os custos controlados da atividade devem manter o setor bem-posicionado. Naquele período, as cotações internas subiram apesar da desaceleração das exportações. Para este ano, o preço da carne bovina não deve disparar, mas tende a subir, o que pode atuar como suporte para o suíno. A relação de preços entre o suíno e o frango está mais favorável à ave, que tem oferta elevada no mercado interno por conta das exportações mais fracas.

O principal fator que deve garantir um bom fechamento de ano, com boas margens, é o panorama positivo para os custos de ração, sobretudo o milho, com a boa 2ª safra de 2025 consolidada, muito produto ainda a ser negociado e baixa competitividade do cereal nacional frente ao norte-americano, o que restringe o escoamento externo. O estímulo à expansão da produção suína é significativo e já vem ocorrendo, apoiado pela diversificação dos mercados internacionais. Destinos importantes, como Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Vietnã, Chile e México, têm impulsionado as vendas. Embora as exportações tenham sofrido uma leve desaceleração em julho, com embarques 7,5% menores que no mês anterior, o crescimento acumulado no ano é expressivo, com alta de 14,7% nos sete primeiros meses. Os custos de produção seguem baixos em relação aos preços do suíno vivo, mantendo spreads elevados.

Os preços do suíno vivo na média ponderada pelos abates da Região Sul e Minas Gerais enfraqueceram em julho (-1%), para R$ 8,06 por Kg, porém os custos da suinocultura medidos pela Embrapa cederam 2%, para R$ 5,90 por Kg. Com isso, o spread da atividade se elevou para 27%, contra uma média de 10 anos de 2%. A atividade acumula 27 meses com spreads positivos, com destaque para os últimos 12 meses. No início de agosto, o mercado mostrou recuperação. Em São Paulo, no atacado, a meia carcaça suína, após terminar julho negociada a R$ 11,60 por Kg, está cotado agora a R$ 12,60 por Kg, recuperando o nível de 30 dias atrás. A demanda externa continua sendo fundamental para absorver a maior produção nacional. Os preços médios de exportação também estão em alta, atingindo US$ 2.635,00 por tonelada, 9,3% acima do registrado há um ano, refletindo em nova elevação do spread de exportação, que alcançou os 48%, ante 39% de média desde 2014. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.