11/Aug/2025

Segundo a Marfrig, a China, principal destino da carne bovina brasileira, pode vir a adotar exigências ambientais semelhantes às previstas pela União Europeia em sua lei antidesmatamento. A Marfrig recebeu recentemente uma delegação grande do governo chinês e eles pensam em fazer exigências desse tipo também. A tendência de maior rigor ambiental é inevitável e não deve se limitar à União Europeia. O mercado externo cada vez mais implementa um nível alto de exigência ambiental.

Quando há uma realidade de mercado desse tipo, é muito pouco provável que seja desfeita. O Brasil preciso ter um viés de adaptação. A EUDR determina que produtos como carne, couro, soja e café só podem entrar no bloco europeu se comprovarem não ter origem em áreas desmatadas após a data de corte de 2020. Após adiamento, deve entrar em vigor no fim deste ano. É um desafio grande. Aquelas empresas que operam com desmatamento ilegal, por exemplo, não colocariam mais o produto na União Europeia.

A Marfrig já cumpre as exigências, mesmo antes da norma entrar em vigor. Independentemente de ela estar ou não vigorando, a empresa já está operando e testando com entidades e clientes europeus a forma como vai fazer o compliance e a contabilidade desse processo. O Reino Unido, que também adotou regras semelhantes, é hoje um dos principais destinos da empresa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.