30/Jul/2025
A baixa movimentação no mercado físico, situação típica do fim do mês, pressiona os preços do boi gordo em várias regiões. Há expectativa, porém, que com o pagamento de salários na semana que vem os preços reajam. Ainda pesam sobre o setor, entretanto, as incertezas quanto à aplicação de 50% de tarifa sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos. Desde que o presidente estadunidense, Donald Trump, anunciou o tarifaço, o preço do boi gordo já se aproxima dos menores níveis de 2025, e o número de dias entre compras das plantas aumentou.
Quanto às exportações de carne bovina, pelo menos por enquanto o desempenho tem sido excelente e, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em apenas 19 dias úteis de julho os embarques já superam todo o mês de julho de 2024, que teve 23 dias úteis. Atualmente, os Estados Unidos respondem por cerca de 12% das exportações totais de carne bovina do Brasil. As exportações de carne brasileira para os Estados Unidos cresceram 33% no primeiro semestre de 2025, em comparação com igual período de 2024.
O consumo de carne bovina nos Estados Unidos supera sua produção em 996 mil toneladas, tornando o país dependente de importações para suprir a demanda interna. Entre os países que poderiam suprir esta demanda em caso de tarifaço estão Austrália, Paraguai e Uruguai. É importante destacar que esses países já possuem mercados consolidados, que absorvem parte significativa da sobra da produção. E o preço da carne bovina brasileira continua sendo o mais competitivo.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 292,00 por arroba a prazo. Em Santa Catarina, o boi gordo está cotado a R$ 297,00 por arroba a prazo; no Pará, a R$ 267,00 por arroba a prazo; em Tocantins, a R$ 270,00 por arroba a prazo; e em Mato Grosso, a R$ 287,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o escoamento está melhor e os preços apresentam alta. A carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 19,65 por Kg; e a carcaça casada do boi inteiro, a R$ 18,65 por Kg.