28/Jul/2025
Segundo a Athenagro, a cadeia pecuária brasileira já sente os impactos negativos da imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos. Destaque para o movimento de queda nos preços pagos ao produtor, ao mesmo tempo em que o consumidor brasileiro começou a pagar mais pela carne. Desde o anúncio das tarifas, em 9 de julho, os preços do boi gordo recuaram 3,5% em São Paulo e 3,2% na média nacional. O mercado físico já havia iniciado uma trajetória de queda no fim de junho, e a decisão norte-americana acentuou esse movimento. No mercado futuro, o contrato de julho acumulava baixa de 4,2% até o dia 23 de julho, sendo negociado a R$ 297,00 por arroba, enquanto o contrato de outubro estava em R$ 315,00 por arroba.
A carcaça bovina caiu quase 4% no atacado, mas os cortes desossados recuaram apenas 0,65%, indicando leve recuperação das margens dos frigoríficos. Para o consumidor final, o movimento foi oposto: o preço da carne aumentou 0,6% em julho. O resultado é uma tendência inversa entre os preços pagos ao pecuarista e os valores cobrados no varejo, um sintoma de desorganização na cadeia de suprimentos causado pela retração dos abates. No mercado físico, em 30 dias, a vaca gorda caiu até 7,28% em Mato Grosso, enquanto o bezerro cedeu 6,23% em São Paulo. A queda de preços também afetou o mercado de suínos e frango, com retrações acima de 3% para a maioria dos produtos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.