25/Jul/2025
O preço do leite captado em maio fechou a R$ 2,6431/litro na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), com quedas de 3,9% frente a abril/2025 e de 7,4% em relação ao de maio/2024, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de maio). Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu 1,13% de abril para maio na “Média Brasil”, superando o crescimento registrado em anos anteriores em muitas bacias leiteiras. Esse avanço é explicado por uma série de fatores, a começar pelos maiores investimentos dos produtores na atividade, devido a margens mais interessantes no último semestre.
Mesmo com a alta de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE) de junho na “Média Brasil”, os insumos voltados à nutrição do rebanho apresentaram recuo de 0,37%. Se, de um lado, os preços no campo estão caindo por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido a ponto de sustentar as cotações. Em junho, o mercado de derivados registrou comportamentos distintos a depender do produto, com baixas para o leite em pó, alta para muçarela e estabilidade para o UHT. Os resultados evidenciam o momento delicado do setor lácteo, marcado pela dificuldade em equilibrar a oferta de matéria-prima e a demanda por derivados. As quedas nos volumes importados e exportados reforçam essa instabilidade. Em junho, as importações recuaram quase 1,5%, enquanto as exportações diminuíram 30,3%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.