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25/Jul/2025

Leite: custos de produção registram alta no Brasil

Em junho, os custos de produção voltaram a subir na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) com avanço de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE). Entre as regiões monitoradas, porém, o comportamento foi distinto, com elevações nos estados de Minas Gerais, Paraná e Bahia e recuos em Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. De maneira geral, as altas refletiram os aumentos dos insumos agrícolas e operações mecanizadas. A maior valorização ocorreu para os fertilizantes, de 4,67% na média nacional. As preocupações com a escalada de conflitos externos foram determinantes para antecipar a compra de alguns produtores, o que elevou a demanda no período e impulsionou os preços.

Na Bahia, por exemplo, foi reportada escassez de ureia, dificultando a formação de estoque e reforçando o movimento de alta. No caso das operações mecanizadas, reajustes nos preços de implementos agrícolas elevaram os custos em 2,92% na “Média Brasil”, mesmo diante da desvalorização do diesel. Insumos voltados para suplementação mineral apresentaram pequeno aumento (0,17%) na “Média Brasil”. Com o início do período de estiagem, muitos produtores já haviam formado seus estoques, o que justifica a estabilização dos preços em algumas regiões. Por outro lado, o cenário geopolítico atuou como fator de alta ao longo do mês, gerando incertezas especialmente em relação aos produtos com maior dependência de importação.

As quedas nos custos em junho, por sua vez, se explicaram sobretudo pelos insumos voltados à nutrição do rebanho, que recuaram 0,37% na “Média Brasil”. O avanço da colheita da 2ª safra de milho de 2025 no País tem elevado a oferta do grão no mercado interno. Além disso, a maior demanda por óleo de soja vem impulsionando o processamento da oleaginosa, ampliando, consequentemente, a disponibilidade de farelo. Essa dinâmica tem reforçado a pressão sobre os valores das rações nos últimos dois meses. Em maio, o produtor de leite precisou de 27,73 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho, 9,1% a mais que em abril. No período, o cereal se desvalorizou expressivos 12,39% (para R$ 73,30 por saca de 60 Kg), enquanto o preço médio do leite caiu 3,59% (R$ 2,64 por litro). Ainda assim, o poder de compra em maio seguiu abaixo da média dos últimos 12 meses (26,1 litros/saca). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.