24/Jul/2025
O boi gordo continua pressionado em várias regiões pecuárias do País. Frigoríficos aproveitam para propor preços mais baixos, diante de uma oferta maior de bovinos terminados e de escalas alongadas de abate. Este cenário interno na verdade reflete o externo, em que as incertezas sobre as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos para o Brasil, que passam a vigorar em 1º de agosto, afugentam do mercado físico sobretudo os frigoríficos exportadores.
Com a queda nos embarques de carne bovina para os Estados Unidos já desde o mês de abril, o novo tarifaço de 50% pode represar os estoques nas câmaras frias, pressionando ainda mais o preço do boi gordo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 297,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 270,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 297,00 por arroba a prazo. Muitas indústrias têm evitado alongar as programações, adotando uma postura cautelosa e avaliando o mercado dia a dia, visando evitar a formação de estoques.
O consumo interno de carne bovina em plena segunda quinzena do mês também não ajuda muito a movimentar o físico. Com isso, têm diminuído os dias da semana em que os abates são realizados. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 295,29 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 299,14 por arroba (-0,48%); em Rondônia, a R$ 261,80 por arroba; na Bahia, a R$ 261,31 por arroba; em Goiás, a R$ 279,61 por arroba; em Minas Gerais, a R$ 284,91 por arroba; no Pará, a R$ 274,11 por arroba; e em Tocantins, a R$ 274,61 por arroba.