22/Jul/2025

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso não deve sentir tanto os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às exportações do Brasil, pelo menos no que diz respeito à carne bovina. Embora Mato Grosso detenha o maior rebanho bovino de corte do País, apenas 7,2% do total exportado da carne bovina para os Estados Unidos no primeiro semestre teve o Estado como origem. Apesar da tarifa adicional de 50%, Mato Grosso é pouco dependente dos Estados Unidos em exportação de carne bovina, já que conta com um mercado externo bem diversificado. Isso cria a possibilidade de redirecionamento para países que já importam carne bovina, reduzindo os impactos da retração nos envios ao mercado norte-americano.

Com a tarifa de 50%, que deve passar a valer a partir de 1º de agosto, as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos somarão 76% de impostos. Entretanto, os norte-americanos, segundos maiores importadores da carne brasileira, contam com cerca de 30% das importações totais provenientes do Brasil. Desta forma, eles precisariam redirecionar a compra da proteína vermelha para países como Austrália, Argentina e Uruguai, países que, em geral, possuem preços acima dos do Brasil. O tarifaço anunciado por Trump no dia 9 de julho parece ainda não ter influenciado as exportações de carne bovina do Brasil neste mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.