21/Jul/2025
preços da carne bovina nos Estados Unidos atingiram níveis recordes em junho, com a carne moída custando em média US$ 6,12 por libra (cerca de 450 g), alta de quase 12% em um ano. O valor dos bifes crus também subiu 8%, para US$ 11,49 por libra. Especialistas afirmam que a tendência de alta deve persistir em virtude da oferta limitada de gado e da demanda firme. O rebanho bovino norte-americano é o menor desde 1951, com cerca de 86,7 milhões de cabeças de gado e bezerros, após anos de redução impulsionada por secas prolongadas e altos custos de alimentação. Junto a isso, a recente infestação do parasita mosca-da-bicheira no México levou à suspensão das importações de gado do país, pressionando ainda mais a oferta. Cerca de 4% do gado abatido para carne nos Estados Unidos vem do México. Além disso, tarifas sobre a carne importada podem elevar os custos para os frigoríficos, que dependem de carne magra para mistura com carne mais gorda produzida nos Estados Unidos.
Esses cortes vêm principalmente da Austrália e da Nova Zelândia, que enfrentam tarifas de 10%, mas parte vem do Brasil, onde Donald Trump ameaçou aplicar tarifas de até 50%, a partir de 1º de agosto. Os norte-americanos importam cerca de 4 milhões de libras de carne por ano. Substituir essas importações por carne local não é fácil, já que o sistema norte-americano é voltado para a produção de carne mais gorda. Para analistas, apesar da leve melhora nas condições climáticas e da queda nos preços dos grãos, a reposição do rebanho levará pelo menos dois anos, o que deve manter os preços elevados por mais tempo. Mas, apesar das dificuldades, a demanda interna continua aquecida, especialmente na chamada temporada de churrascos. Mesmo com os aumentos, os consumidores ainda não migraram significativamente para outras proteínas como carne de frango ou suína, nem aumentaram a compra de carne moída em detrimento dos bifes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.