18/Jul/2025
A queda nos preços do boi gordo é generalizada nas regiões pecuárias do País, diante da incerteza sobre as exportações de carne bovina aos Estados Unidos por causa do tarifaço de 50% aplicado pelo governo Trump. Além das incertezas sobre os embarques, o mercado interno está fraco para a carne bovina nesta segunda quinzena do mês. Desta forma, frigoríficos que precisam ir às compras aproveitam para pressionar os preços, provocando queda nos preços, sem, contudo, lograr adquirir lotes volumosos por valores mais baixos.
Em Dourados (MS), Rio Verde (GO) e Cassilândia (MS), as ofertas de compra para machos e fêmeas chegam a ser feitas com descontos de R$ 10,00 a até R$ 20,00 por arroba em comparação à semana passada. Mas, grande parte dos pecuaristas está aguardando o desenrolar da questão do tarifaço para voltar a negociar. Os frigoríficos reduzem sua presença no físico porque estão abatendo, neste momento, lotes já contratados. Assim, o movimento de desvalorização dos bovinos para abate se acentua. Com a queda atual no preço do boi gordo e o valor contratado anteriormente mais alto, a margem dos frigoríficos deve encolher.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 304,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 275,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 285,00 por arroba a prazo; e o “boi China”, a R$ 307,00 por arroba a prazo. As escalas de abate atendem, em média, a 8 dias úteis. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 302,00 por arroba; no Pará, a cotação é de R$ 274,87 por arroba. Em São Paulo, no atacado, a carne bovina segue estável, mas as reclamações sobre as vendas ainda dão um tom baixista. A carcaça casada do boi castrado está cotada na média de R$ 21,97 por Kg.