18/Jul/2025
Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a exportação total de carne bovina (carnes in natura, carnes processadas e miudezas comestíveis, entre outros) bateu recorde em junho com aumento de 55% na receita e de 41% no volume embarcado. No mês passado, os exportadores faturaram US$ 1,505 bilhão em comparação com US$ 970,7 milhões em junho de 2024, enquanto o volume embarcado atingiu 341.555 toneladas ante 242.538 toneladas do mesmo mês do ano passado. O melhor resultado do setor até aqui eram 319.289 toneladas exportadas em outubro de 2024. No acumulado do primeiro semestre do ano, as exportações totais de carne e subprodutos bovinos já alcançaram US$ 7,446 bilhões em receita (+28%) e a movimentação de 1.690.229 toneladas (+17,3%) frente a US$ 5,820 bilhões e 1.440.439 toneladas do primeiro semestre de 2024. A China, principal destino, aumentou as compras em 11,3% no volume e ampliou a receita em 27,4% no semestre.
Em 2024, foram 567.683 toneladas com receita de US$ 2,516 bilhões e no primeiro semestre de 2025 foram 631.907 toneladas que proporcionaram uma receita de US$ 3,204 bilhões. O preço médio pago pela China subiu de US$ 4.433,00 por tonelada no primeiro semestre de 2024 para US$ 5.071,00 por tonelada no mesmo período de 2025, o que reflete a valorização da arroba do boi gordo neste ano. Atualmente, a China responde por 43% da receita total obtida pelo País com a carne bovina e 37,4% do volume total exportado. Os Estados Unidos, segundo maior importador do produto, elevaram suas aquisições em 85,4% no volume e 99,8% na receita, com embarques de 411.702 toneladas e receitas de US$ 1,287 bilhão no primeiro semestre de 2025. Com isso, os Estados Unidos aumentaram a participação na movimentação total brasileira para 24,4% do volume e 17,3% na receita. A tarifa adicional de 50% anunciada pelos Estados Unidos, no dia 9 de julho, para os produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, pode comprometer as vendas para os norte-americanos no segundo semestre do ano e preocupa os produtores brasileiros.
As indústrias já sentem os efeitos da medida, com pedidos de compras sendo cancelados por parte dos clientes norte-americanos, e o setor aguarda com apreensão as negociações para uma solução do problema. O Chile foi o terceiro maior comprador de carne bovina brasileira, aumentando a movimentação em 21% no volume e em 37,4% na receita, passando de 48.412 toneladas em 2024 para 58.584 toneladas nos seis meses de 2025, com a receita subindo de US$ 229,4 milhões para US$ 315,2 milhões. O México chegou na quarta posição entre os grandes clientes, aumentando suas aquisições em 189% no volume e 235% na receita, saindo de 17.993 toneladas em 2024 para 52.104 toneladas em 2025, com a receita crescendo de US$ 82,3 milhões para US$ 276,4 milhões. No total, 118 países ampliaram suas aquisições no primeiro semestre, enquanto 51 reduziram as compras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.