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17/Jul/2025

Boi: preços recuam com previsão de maior oferta

Os preços do boi gordo registram recuo. Com as atenções do mercado voltadas à articulação do governo federal para fazer frente à tarifa de 50% que o governo norte-americano promete aplicar no próximo dia 1º de julho sobre os produtos importados do Brasil, entre eles a carne bovina, as vendas de boiadas são pontuais. A avaliação é de que parte do volume de carne bovina não exportado fique no mercado doméstico. Em São Paulo, neste cenário de incertezas quanto às vendas para os Estados Unidos, justamente as categorias de exportação ("boi China" e novilha) estão em baixa no mercado físico.

Com frigoríficos, sobretudo os que atendem ao mercado externo, fora das compras, o “boi China” apresenta baixa de R$ 2,00 por arroba, cotado agora a R$ 308,00 por arroba. As novilhas têm queda de R$ 3,00 por arroba, para R$ 290,00 por arroba. A vaca gorda, geralmente destinada ao mercado interno, se mantém estável, a R$ 278,00 por arroba, assim como o do boi gordo, que permanece cotado a R$ 305,00 por arroba. Em todos os casos, trata-se de valor a prazo.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) confirmou a queda "antecipada" nas exportações de carne bovina do Brasil aos Estados Unidos, após o anúncio do tarifaço. Há cerca de 30 mil toneladas de carne bovina produzidas que estão nos portos ou em alto-mar. A preocupação é como será o desdobramento a partir de 1º de agosto. O impacto da medida dos Estados Unidos sobre os preços do boi gordo foi sentido em várias regiões pelo País. Na Bahia, por exemplo, há queda de 4,78%, com o boi gordo cotado a R$ 269,89 por arroba. Em Tocantins, a queda é de 4,33%, para R$ 268,07 por arroba.

Além das incertezas sobre o rumo das exportações e de uma possível sobreoferta de carne bovina no mercado interno, no Paraná, as escalas alongadas e fartura de boiadas derrubam os preços. A oferta está elevada e as escalas alongadas, reflexo do frio persistente e das recentes geadas. Além disso, o receio diante do anúncio do tarifaço contribui para a maior liberação de boiada, diante da possibilidade de quedas dos preços. Além disso, o escoamento da carne no mercado interno está fraco.