17/Jul/2025
Segundo o Ministério da Agricultura, os frigoríficos do Paraná poderão exportar carne bovina e suína para o Chile. O aval para exportação vem após o país ter reconhecido o Paraná como Estado livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica (PSC). A decisão foi publicada no diário oficial chileno, mas já havia sido anunciada ao fim de abril, em virtude da visita do presidente do Chile, Gabriel Boric, ao País. O reconhecimento do Paraná pelo Chile foi formalizado na declaração conjunta dos países em abril e agora está oficializado. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que essa demanda vai se converter em empregos no Brasil. Em reciprocidade, o Brasil abriu seu mercado para o mel chileno. O processo de auditoria para reconhecimento do Acre e de Rondônia como zonas livres de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica foi concluído recentemente e está em avaliação pelas áreas técnicas de ambos os serviços oficiais.
A habilitação de frigoríficos brasileiros ao Chile ocorre no modelo pré-listing, o qual dispensa a exigência de análise da autoridade sanitária do país importador planta a planta. Após anos de negociação, agora o Paraná poderá exportar carne bovina e carne suína para o Chile, que é um importante comprador dessas duas proteínas brasileiras e está entre os principais mercados para a carne suína e para a carne bovina, especialmente na carne suína, em que 20% da produção brasileira se concentra no estado do Paraná. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação pelo Chile deve abrir caminho para a ampliação das exportações de carne suína brasileira ao país, ajudando o Brasil a atingir um recorde de embarques da proteína. O aval chileno representa um marco importante, pois trata-se de uma pré-condição para autorizar embarques do produto suinícola.
Até então, apenas Santa Catarina, também livre de vacinação, exportava carne suína para o Chile, com acesso garantido por meio do sistema de pré-listing. Esta é mais uma conquista do ministro Carlos Fávaro e dos secretários Luis Rua (Relações Internacionais) e Carlos Goulart (Defesa) para a cadeia exportadora de carne suína do Brasil, que projeta recorde de exportações e deverá ter influência positiva deste novo reconhecimento, afirmou a ABPA. O Chile ocupa atualmente a quarta posição entre os principais destinos da carne suína brasileira. No primeiro semestre de 2025, o país importou 55,9 mil toneladas do produto, com receita de US$ 140 milhões, alta de 11,1% em volume e de 30% em valor na comparação com o mesmo período do ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.