16/Jul/2025

A incerteza sobre qual será a oferta de carne bovina no mercado doméstico se a tarifa de 50% anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entrar em vigor em 1º de agosto é o fator de pressão sobre as cotações do boi gordo nesta semana. Como a oferta de boiadas costuma ser mais confortável nesses dias de frio e tempo seco, que comprometem a qualidade das pastagens, há pouco espaço para reação dos preços. Observa-se queda nos preços em algumas regiões e estabilidade em outras, visto que o pecuarista também resiste a negociar a valores mais baixos. Devido à incerteza sobre a taxação ou não, em algumas regiões está difícil captar preços no mercado físico do boi gordo. Alguns frigoríficos indicam até R$ 5,00 por arroba a menos, com poucos negócios fechados.

As exportações de carne bovina, pelo menos por enquanto, vão de vento em popa, sem efeitos eventuais do tarifaço. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 292,00 por arroba; em Goiás, entre R$ 285,00 e R$ 287,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 307,00 por arroba; na Bahia, a R$ 279,00 por arroba; em Rondônia, a R$ 270,00 por arroba; e no Espírito Santo, a R$ 283,00 por arroba (todos preços a prazo). Em São Paulo, no atacado, a cotação da carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 20,25 por Kg; a do boi inteiro, a R$ 19,00 por Kg. A carcaça casada da vaca e da novilha, a R$ 18,40 por Kg. Apesar da melhora nas vendas com o pagamento de salários no início do mês, os estoques de carne bovina ainda estão bons, o que limita um movimento de alta.